Entre signos e silêncios
juventude, sofrimento psíquico e a série adolescência
DOI:
https://doi.org/10.33872/saudeglobal.v3n1.e025Palavras-chave:
Mídia, Juventude, Semiótica, Saúde mental, NarrativaResumo
Objetivo: O artigo analisa discursivamente a minissérie Adolescência, identificando como ela constrói sentidos de sofrimento psíquico juvenil e tensiona a imagem do “jovem perigoso” por meio de signos visuais e narrativos. Método: Adotou-se uma abordagem qualitativa e interpretativa, baseada na análise semiótica de trechos dos episódios 1 e 3, à luz da semiologia de Roland Barthes (denotação, conotação, mito e punctum) e dos estudos culturais sobre juventude e saúde mental. As cenas foram descritas sem reprodução de imagens, respeitando direitos autorais. Resultados: A série desestabiliza estereótipos ao empregar planos-sequência, ausência de trilha sonora e mise-en-scène que revelam a vulnerabilidade e ambiguidade do protagonista. Espaços de controle, silêncios e gestos corporais emergem como signos que desafiam olhares moralizantes. Considerações Finais: Adolescência promove reflexões sobre as pressões juvenis e pode atuar como recurso pedagógico para discutir saúde mental e fomentar uma cultura de cuidado e escuta sensível.
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