DO MODELO BIOMÉDICO AO MODELO BIOPSICOSSOCIAL

A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33872/rebesde.v3n2.e017

Palavras-chave:

Cuidados em Saúde, Formação Profissional, Biopsicossocial, Humanização

Resumo

A humanização em saúde é um passo de extrema importância para os atendimentos, visto que qualquer situação que envolva a falta de saúde nos torna vulneráveis em relação à vida. Mesmo quando o quadro parece ser apenas de natureza orgânica, tudo que acontece impacta nosso ser integralmente, trazendo consequências sociais, espirituais, físicas, emocionais e econômicas em maior ou menor grau. Quando em tratamento, nossa adesão e confiança dependerão da equipe que cuida e é nesse aspecto que muitos estudos mostram que a relação paciente-família com a equipe é tão importante quanto a qualidade do tratamento técnico-científico prestado. O presente artigo traz algumas reflexões sobre o cuidado em saúde, especialmente sobre o paradigma biopsicossocial que visa superar o paradigma curativista ou biomédico, se refletindo nas transformações no conceito de saúde e na compreensão no processo saúde-doença. Para tanto, o presente trabalho traz como objetivo discutir a integralidade como eixo norteador na formação de profissionais de saúde. A pesquisa bibliográfica para responder as questões foram procuradas nas seguintes bases de dados: BDTD (Biblioteca digital brasileira de teses e dissertações), CINAHL (Cumulative Index to nursing and allied health literature), LILACS (Literatura  Latino-americana  e  do Caribe  em  ciências da saúde), MedLine (Literatura Internacional  em ciência  da Saúde), PAHO (Biblioteca  da  Organização Pan-Americana da Saúde) e SciELO (Scientific Electronic  Library  Online). A transição de um conceito biomédico de saúde para um biopsicossocial, implica uma série de reconfigurações nos sentidos de saúde-doença-cura, do tratar-cuidar, bem como de noções de saúde coletiva e sua inclusão com a comunidade, mas se torna necessário para atender o ser humano como um ser completo em todas as esferas de sua vida e tal aprendizado deve ser perpetuado desde os cursos de formação em saúde. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACIOLI, S. Novas práticas em saúde: estratégias e práticas de grupos populares no enfrentamento de questões cotidianas. Rio de Janeiro: IMS/UERJ. (Série Estudos em Saúde Coletiva). 2000.

ALMEIDA M. Diretrizes curricularesnacionais para os cursos universitários da área da saúde. Londrina: Rede Unida; 2003

BALLINT, M. O médico, seu paciente e a doença. São Paulo: Livraria Atheneu, 1988.

____Brasil. Ministério da Saúde (MS). Política Nacional de Atenção Básica. Série E: Legislação em Saúde. Brasília: MS; [página na internet] 2012. [acessado 2017 set 28]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf

____Brasil. Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.portal.saude.gov.br/saude/área.cfm?id_area=386

CECCIM, R. B.; Feuerwerker, L. Mudança na graduação das profissões de saúde sob o eixo da integralidade. Cad. Saúde Pública, v.20, n.5, p.1400-10, 2004b.

CECCIM, R. B.; Feuerwerker, L. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis - Rev. Saúde Coletiva, v.14, n.1, p.41-65, 2004.

CHAVES EC, MARTINES WRV. Humanização no Programa de Saúde da Família. Mundo Saude. v. 27, n. (2), p. 274-9. 2003.

DAVINI, M.C., Currículo integrado. Extraído de [http://www.opas.org.br/rh/ publicacoes/texto_apoio/pub04U278.pdf], acesso em [07 de outubro de 2017].

De MARCO, M. A. A face humana da medicina – do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial. São Paulo: ed. Casa do Psicólogo, 2003.

FEUERWERKER, L. Além do discurso de mudança na educação médica: processos e resultados. São Paulo: Hucitec; Londrina: Rede Unida; Rio de Janeiro: Abem, 2002.

FEUERWERKER, L. C. M. Educação dos profissionais de saúde hoje – problemas, desafios, perspectivas e as propostas do Ministério da Saúde. Revista da ABENO, Brasília, DF, v. 3, n. 1, p. 24-7, 2003.

FRANÇA ISX, MARINHO DDT, BAPTISTA RS. Assistência de saúde humanizada: conquistas e desafios em Campina Grande, PB. Rev RENE. V.9, N. (4), P. 15-23. 2008.

GUIZARDI F. L.; Pinheiro R.; CECCIM R. B. A formação de profissionais orientada para a integralidade e as relações político-institucionais na saúde: uma discussão sobre a interação ensino-trabalho. Rio de Janeiro: IMS/UERJ – CEPESC – ABRASCO; 2006. p. 153-77.

MARIN MJS, STORNIOLO LV, MORAVCIK MY. A humanização do cuidado na ótica das equipes da Estratégia de Saúde da Família de um município do interior Paulista, Brasil. Rev Latino-Am Enfermagem. V, 18, N, (4), P, 763-9. 2010.

PAGLIOSA, F, Luiz. O Relatório Flexner: Para o Bem e Para o Mal. Revista Brasileira de Educação Médica, 2008 32(4):492-499.

PINHEIRO R, LUZ MT. Práticas eficazes x modelosideais: ação e pensamento na construção da integralidade. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Construção da integralidade: cotidiano,saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ABRASCO. p. 7-34. 2003.

PEKELMAN R, FERRUGEM D, MINUZZO FAO, MELZ G. A arte de acolher através da Visita da Alegria. Rev APS. v.12, n. (4), p. 510-6. 2009.

PEREZ, E. P. A propósito da educação médica. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2004; 4(1):9-13.

SAIPPA-OLIVEIRA, G., KOIFMAN L., Integralidade do currículo de medicina: inovar/transformar, um desafio para o processo de formação. São Paulo: Hucitec; Associação Brasileira de Educação Médica; 2004. p. 143-85.

SCORZONI, M. F., BUENO, S. M. V., COSCRATO, G. O currículo e as implicações dos novos paradigmas educacionais na formação do enfermeiro. Saúde & Transformação Social, Florianópolis, SC, v. 4, n. 1, p. 11-5, 2013. 20

STELLA, R. C. R. Conquistas e desafios. Editorial. Rev. Bras. Educ. Méd., p.5-6, v.25, n.3, 2001.

TRAD LAB, ESPERIDIÃO MA. Sentidos e práticas da humanização na Estratégia de Saúde da Família: a visão de usuários em seis municípios do Nordeste. Physis. v.20, n. (4), p.1099-117.2010.

TRAD LAB, ROCHA AARM. Condições e processo de trabalho no cotidiano do Programa Saúde da Família: coerência com princípios da humanização em saúde. Cienc Saude Coletiva. v. 16, n.(3), p.1969-80. 2011.

TRAVERSO-YEPEZ, M. A interface Psicologia Social e Saúde: perspectivas e desafios. Psicologia em Estudo. Maringá, v. 6, n. 2, pp. 49 – 56, 2001.

VYGOTSKY. L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

XAVIER, A.S.; KOIFMAN, L. Higher education in Brazil and the education of health care professionals with emphasis on aging. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.15, n.39, p.973-84, out./dez. 2011.

Downloads

Publicado

2023-05-04