A atuação da Psicologia em casos de aborto resultante de gravidez por estupro de vulnerável
DOI:
https://doi.org/10.33872/conversaspsico.v4n1.casosdeabortoPalavras-chave:
aborto, violência sexual, PsicologiaResumo
Este artigo tem por objetivo discutir a atuação das/os psicólogas/os nos mais diversos âmbitos profissionais (clínica, saúde pública, assistência social, segurança pública, sistema de justiça), bem como o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia (CFP) diante das situações de gravidez/aborto resultante de estupro de vulnerável, no caso de menores de 14 anos. Trata-se de uma pesquisa de natureza teórica e qualitativa, fundamentada em levantamento bibliográfico em plataforma de dados, como LILACS/BVS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde/Biblioteca Virtual em Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online) e PePSIC (Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia) e, simultaneamente, em leitura de referências técnicas produzidas pelo órgão de classe profissional que versam sobre o tema direta ou indiretamente. A partir dos resultados encontrados, concluiu-se que, por mais que haja produção científica nacional sobre violência sexual infantojuvenil, ainda são incipientes os estudos na perspectiva do direito ao aborto nesses casos. Ademais, as orientações e os parâmetros para a atuação das/os psicólogas/os nessa demanda ainda são muito escassos, necessitando, assim, de pesquisas e de orientações técnicas do órgão da classe quanto ao manejo técnico e enfrentamento ao problema.
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