Psicologia social, interseccionalidade e processos de subjetivação
DOI:
https://doi.org/10.33872/conversaspsico.v3n1.a2Palavras-chave:
Subjetividade, Opressões, InterseccionalidadeResumo
A realidade social e as vivências nela engendradas são multifacetadas. Dispor de um olhar interssecional diante desta complexidade é fundamental para interrogarmos modos de compreensão universalizantes e estigmatizantes sobre os sujeitos. Com este enfoque, este estudo, de natureza teórica, tem como objetivo produzir reflexões críticas sobre os processos de subjetivação produzidos na e pela vida cotidiana, dinamizada e impactada pela intersecção de sistemas de opressão. Esse intercruzamento cria e/ou aprofunda desigualdades sociais variadas e expressões de sofrimento humano. Frente a isso, o artigo propõe discussões conceituais sobre interseccionalidade e reflete sobre eixos fundamentais à concretização de uma Psicologia Social atenta e implicada com o interjogo das opressões e seus impactos na vida subjetiva e relacional das pessoas. Convida, ainda, leitoras e leitores a realizar deslocamentos que cooperem com a construção de uma Psicologia comprometida com o enfrentamento das opressões e com o reconhecimento da diversidade e da diferença como potências de colaboração.
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