ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CONCEITOS DO LOGOS DIVINO NO PENSAMENTO ESTOICO DO ANTIGO PÓRTICO E NO CRISTIANISMO PRIMEVO
DOI:
https://doi.org/10.33872/revcontrad.v5n2.e069Palavras-chave:
Estoicismo, Cristianismo, Logos, DeusResumo
Classicamente, o estoicismo é dividido em 3 (três) momentos, sendo a primeira fase, o antigo Pórtico, aquela em que se consolida o conceito do logos como criador de tudo o que há. O escopo precípuo do presente artigo é cotejar o conceito da razão divina (logos) apresentado pelo estoicismo do antigo Pórtico com aquele descrito pelos primeiros pensadores da cristandade primitiva. Para tratar do objeto desse estudo comparativo, buscou-se a revisão bibliográfica como método qualitativo de análise, concluindo-se, assim, pela harmonia parcial entre ambos conceitos. A convergência se dá no que se refere ao Deus criador, à fração desse Logos que existe no homem e à iluminação da existência do homem com propósito de vida. Quanto aos pontos de deflexão, pôde-se inferir que, a despeito de ambas correntes de pensamento abarcarem a existência de um Criador, seus atributos possuem aspectos distintos quanto à substância (imanente para os estoicos e transcendente para os cristãos), providência (impessoal para os estoicos e pessoal para os cristãos) e natureza (se iguala à natureza humana para os estoicos e se difere da natureza humana para os cristãos).
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