“HOMEM QUE BATE EM MULHER, COVARDE É”:
A CORAGEM COMO VIRTUDE DE PROTEÇÃO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO
DOI:
https://doi.org/10.33872/revcontrad.v1n1.e001Palavras-chave:
Violência de gênero, Psicologia Positiva, CoragemResumo
Este trabalho investiga o fenômeno da violência de gênero na perspectiva dos estudos feministas de Scott (1995), Saffioti (2004) e Rubin (2012) na consideração de narrativas constituídas e partilhadas na cultura popular como a expressão “homem que bate em mulher, covarde é”, e oferece uma proposta de interpretação a partir da abordagem da Psicologia Positiva de Seligman e Csikszentmihalyi (2000), ao se posicionar como o estudo científico do ótimo funcionamento do ser humano, debruçando-se sobre virtudes e forças de caráter, entre outros constructos. Dessa forma, buscou-se como referencial estudos sobre relacionamentos conjugais saudáveis, quando não há a presença de violência de gênero, nas bases de dados bibliográficos eletrônicos, como Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia (BVS-Psi), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e o portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no período de 2015 a 2020. A partir do método de revisão narrativa (ROTHER, 2007), a análise dos resultados evidenciou que a força de caráter Vitalidade (entusiasmo) presente na virtude Coragem atua fortemente na elevação do bem estar subjetivo (BES) e que este tem relação direta com o aumento da satisfação conjugal e promove vínculos mais duradouros. Os resultados obtidos sustentam a interpretação de que aumentar esta variável impacta na proteção das relações conjugais, impedindo a manifestação da violência de gênero, atuando como prevenção da qualidade das relações.
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