(Re)criação de espaços de rede e de atenção integral às mulheres

práticas interventivas na formação em Psicologia

Autores

  • Ana Cássia Hungaro Cogo Universidade Paranaense - UNIPAR
  • Milene Favero Dociati Maetiase Universidade Paranaense - UNIPAR
  • Rafaela Ana Zuntini Costa Universidade Paranaense - UNIPAR
  • Bárbara Cossettin Costa Beber Brunini Universidade paranaense - UNIPAR

DOI:

https://doi.org/10.33872/conversaspsico.v5n1.rededeatencao

Palavras-chave:

Gênero, Rede de Atenção Integral, Cartografia

Resumo

Os escritos a seguir foram construídos por meio de vivências experienciadas no estar em Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório Específico I e a partir da obrigatoriedade da produção de um Trabalho de Conclusão de Curso para a graduação em Psicologia, oferecida pela Universidade Paranaense (UNIPAR). Tendo como objetivo (RE)pensar a rede de atenção integral voltada às mulheridades, busca refletir sobre práticas interventivas na formação em Psicologia neste âmbito, para tanto elencamos a Cartografia enquanto metodologia molecular, da ordem do acontecimento, dos devires, que está no entre e não define começo, meio e fim. Falamos de espaços em que aconteceram as intervenções das práticas de estágios, sendo que cada uma das estagiárias foi para um ponto diferenciado da rede de atenção integral à mulher, os quais sugeriam demandas como visitas domiciliares, busca ativa, estratificação em saúde mental, acolhimento psicossocial e promoção de direitos. Objetivando intervir com as demandas apresentadas nos estabelecimentos de estágio, foram elencados diferentes tópicos reflexivos que transitam entre as deficiências de espaço, financiamento e comprometimento do próprio poder público para o atendimento de forma integral a saúde da mulher, pontuando o compromisso ético, estético e político da Psicologia enquanto ciência e profissão junto a essas usuárias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Cássia Hungaro Cogo, Universidade Paranaense - UNIPAR

Acadêmica de Psicologia. Universidade paranaense - UNIPAR.

Milene Favero Dociati Maetiase, Universidade Paranaense - UNIPAR

Acadêmica de Psicologia. Universidade paranaense - UNIPAR.

Rafaela Ana Zuntini Costa, Universidade Paranaense - UNIPAR

Acadêmica de Psicologia. Universidade paranaense - UNIPAR.

Bárbara Cossettin Costa Beber Brunini, Universidade paranaense - UNIPAR

Doutora em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Universidade paranaense - UNIPAR.

Referências

ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista Estudos Feministas, v. 8, n. 01, p. 229-236, 2000.

BOCK, Ana Mercês Bahia. A Psicologia a caminho do novo século: identidade profissional e compromisso social. Estudos de Psicologia, Natal, v. 4, p. 315-329, 1999.

BRASIL. Lei Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1993.

BRASIL. Lei Nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2005.

BRASIL. Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher – Princípios e Diretrizes. Série Projetos, Programas e Relatórios. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Política Nacional de Humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social. Secretaria Nacional de Assistência Social. Brasília, 2012. Disponível em: www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/nob_suas.pdf Acesso em: 23 jul. 2023.

BRUNINI, Bárbara Cossettin Costa Beber. Ad/mira/ação: mulheres docentes feministas e suas práticas descolonizadas na formação em psicologia. 2022. 130 p. Tese (Doutorado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2022.

BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. (Trad. Fernanda Siqueira Miguens). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CARNEIRO, Altair de Souza. Deleuze & Guattari: uma ética dos devires. 2013. 115f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2013.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências técnicas para atuação de psicólogas (os) no CAPS - Centro de Atenção Psicossocial. Conselho Federal de Psicologia. Conselhos Regionais de Psicologia. Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas. Brasília: CFP, 2022.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Contribuições do Conselho Federal de Psicologia à discussão sobre a formação da(o) psicóloga(o). Brasília: CFP, 2013.

COLLING, Ana Maria; TEDESCHI, Losandro Antônio. Dicionário crítico de gênero. Dourados: Universidade Federal da Grande Dourados, 2019.

CRENSHAW, Kimberlé Williams. Demarginalizing the intersection of race and sex: a black feminist critique of discrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. University of Chicago Legal Forum, 1989.

DELEUZE, Gilles. O abecedário. Entrevista a Claire Parnet. (Transcrição e tradução do vídeo de T. Tadeu da Silva). 1988.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. (Trad.Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik.). vol. 3. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. (Trad. Suely Rolnik). vol. 4. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. KAFKA: para uma literatura menor. (Trad. Rafael Godinho). Lisboa: Assírio e Alvim, 2003.

FIGUEIREDO, Mariana Dorsa; CAMPOS, Rosana Onocko. Saúde Mental e Atenção Básica à Saúde: o apoio matricial na construção de uma rede multicêntrica. Saúde em Debate, v. 32, n. 78-79-80, p. 143-149, 2008.

FONSECA, Tania Mara Galli; KIRST, Patrícia Gomes. (Orgs.). Cartografia e devires: a construção do presente. Porto alegre: UFRGS, 2003.

FOUCAULT, M. Ditos e escritos II: arqueologia das ciências e histórias dos sistemas de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.

FOUCAULT, M. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Perspectiva. 2008.

GODIM, Grácia Maria de Miranda; MONKEN, Maurício. Territorialização em saúde. In: PEREIRA, Isabel Brasil; LIMA, Julio César França. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. 2. ed. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Rio de Janeiro, 2009.

HUR, Domenico Uhng. Psicologia, política e esquizoanálise. Campinas: Alínea, 2018. 194p.

KASTRUP, Virginia; PASSOS. Eduardo. Cartografar é traçar um plano comum. vol. 25, n. 2, pp. 01-18. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, 2013.

LIMA, Elizabeth Maria Freire de Araújo; YASUI, Silvio. Territórios e sentidos: espaço, cultura, subjetividade e cuidado na atenção psicossocial. Saúde em debate, v. 38, p. 593-606, 2014.

LERNER, Gerda. La creación del patriarcado. (Trad. castellana de Mónica Tusell). Barcelona: Editorial Crítica, 1990.

LORDE, Audre. Irmã outsider. (Trad. Stephanie Borges). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

MARANEZI, Giovana; PENHA, Cíntia Bernardes da. O fazer do psicólogo: experiência de estágio em psicologia no centro de referência especializado em assistência social (CREAS). Brazilian Journal Of Development, Curitiba, p. 20263-20274, 2022.

MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 72p.

MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2014. 64p.

OLIVEIRA, Isabel Fernandes de et al. Atuação dos psicólogos nos CRAS do interior do RN. Psicologia & Sociedade, v. 26, p. 103-112, 2014.

PAREDES, Marina Bergstrom; BICHIR, Renata Mirandola. Interseccionalidade e Políticas Públicas: Articulações Possíveis. In: Boletim de Políticas Públicas. Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas. 20. ed. São Paulo: USP, 2022. p. 19-24.

PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.

PERFEITO, Hélvia Cristine Castro Silva; MELO, Sandra Augusta de. Evolução dos processos de triagem psicológica em uma clínica-escola. Estudos de Psicologia, Campinas, n. 8, abr. 2004.

PINTO, Larissa Marques. Acomodando um jeito a cada incomodar. Curitiba: Appris, 2022. 129p.

PNAS. Política Nacional de Assistência Social. Versão oficial. São Paulo: Cortez, 2004.

ROLNIK, Suely. À sombra da cidadania: alteridade, homem da ética e reinvenção da democracia. In: MAGALHÃES, Maria Cristina Rios (Org.). Na sombra da cidade. São Paulo: Escuta, 1995. pp. 141-170.

SANTOS, Milton. O país distorcido: o Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002.

SCOTT, Joan Wallach; Gênero: uma categoria útil de análise histórica de Joan Scott. (Trad. Guacira Lopes Louro). Educação & realidade. Porto Alegre. v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.

SOUZA, Marcelli Machado da R. Tipificação dos serviços e reordenamento institucional na política de assistência social: reflexos nas instituições católicas e espíritas que integram a rede socioassistencial do Rio de Janeiro. 2009. Disponível em: https://www.puc-rio.br/ensinopesq/ccpg/pibic/relatorio_resumo2016/relatorios_pdf/ccs/SER/SER-Marcelli%20Machado%20da%20R.%20Souza.pdf. Acesso em: 25 jul. 2023.

UFMS. Como acontece o acolhimento. Acolhimento psicológico à comunidade externa. CPAR – Campos Paraíba. [s.d.]. Disponível em: https://cpar.ufms.br/clinica-de-psicologia/acolhimento-psicologico-comunidade-externa/como-acontece-o-acolhimento/#:~:text=O%20ACOLHIMENTO%20em%20Psicologia%2C%20assim,e%20uma%20busca%20por%20mudan%C3%A7as Acesso em: 11 jun. de 2023.

UNIPAR. Guia de Estágio: avaliação dos estágios supervisionados específicos do curso de psicologia 2023. Umuarama: CPA, 2023.

YASUI, Silvio; LUZIO, Cristina Amélia; AMARANTE, Paulo. Atenção psicossocial e atenção básica: a vida como ela é no território. Rev. Polis Psique, Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 173-190, abr. 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-152X2018000100011&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 05 set. 2023.

Downloads

Publicado

2024-05-06