Medicalização e produtividade
reflexões sobre o documentário "Take Your Pills" na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural
DOI:
https://doi.org/10.33872/conversaspsico.v4n1.medicalizacaoPalavras-chave:
Medicalização, Capitalismo, Adolescência, Fase adulta, ProdutividadeResumo
Este artigo apresenta um estudo sobre a relação do uso excessivo de estimulantes no período da segunda fase da adolescência e da fase adulta, sob o olhar da Psicologia Histórico-Cultural, relacionando a medicalização com demanda por produtividade, rompendo com a perspectiva biologizante e buscando compreender as causas, consequências e as interferências na produtividade exigida pela sociedade capitalista em decorrência do uso excessivo de medicamentos. O objetivo geral foi pautado em analisar as causas da medicalização de jovens e adultos e sua relação com a produtividade na sociedade capitalista na perspectiva histórico-cultural. Os objetivos específicos foram traçados para investigar as características da adolescência e fase adulta e suas relações com a atividade profissional e no mundo do trabalho; analisar a medicalização na adolescência e fase adulta a partir do documentário “Take Your Pills” e verificar a relação da medicalização com o rendimento universitário e profissional e seus reflexos na saúde mental. Em consonância com o referencial bibliográfico selecionado, o estudo lançou olhar sobre a temática à luz de categorias do método materialista histórico-dialético e utilizou como recurso mediador de discussão o documentário americano “Take Your Pills” (2018), dirigido por Alison Klayman e produzido pela Motto Pictures, sistematizado na técnica de análise de conteúdo conceituada por Bardin (2011). A partir do estudo, percebe-se que o uso de medicamentos anestesia o sentimento de incapacidade que a cobrança excessiva da sociedade causa, mas ele não deixa de existir e, uma hora ou outra, acaba sendo externalizado fazendo com que isso interfira positiva ou negativamente no desenvolvimento humano.
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