EXTENSÃO RURAL E EDUCAÇÃO DIALÓGICA DO CAMPO
Resumo
O artigo examina as práticas de extensão rural a partir de conceitos como campesinato, educação do campo, paradigmas da modernização agrária, recampesinização, e as contribuições de Tschajanow e Paulo Freire. O objetivo central é propor um modelo de extensão rural que esteja enraizado na pedagogia dialógica da educação do campo. Historicamente, as práticas de extensão rural seguiram duas direções distintas: uma impositiva e domesticadora, vinculada à modernização agrícola, e outra dialógica e libertadora, protagonizada pelo campesinato. Metodologicamente, a pesquisa adota um enfoque teórico, analisando essas práticas no decorrer da história. Conclui-se que a extensão rural, quando conduzida de forma dialógica, contribui para a afirmação e fortalecimento da condição camponesa.
Referências
CALDART, R. S. Educação do campo: notas para uma análise de percurso. In: MOLINA, M. C. (Org.). Educação do campo e pesquisa: questões para reflexão. Brasília: Pronera/NEAD, 2004. p. 55-74.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GUIMARÃES, R. P. Extensão rural e desenvolvimento sustentável: desafios para o século XXI. Cadernos de Ciências Sociais, v. 10, n. 1, p. 33-50, 2008.
SANTOS, B. de S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2006.
SILVA, A. L.; SOUZA, M. A.; PEREIRA, J. R. A extensão rural e a educação no campo: desafios e perspectivas. Revista de Extensão Rural, v. 22, n. 2, p. 89-104, 2015.
